Braskem registra Ebitda de R$ 703 milhões no segundo trimestre em cenário de menor crescimento de demanda global
Companhia mantém dívida líquida estável, perfil de endividamento alongado e posição de caixa suficiente para cobertura dos próximos 74 meses
Os resultados da Braskem no segundo trimestre continuaram a refletir os impactos do cenário de menor crescimento de demanda global, impactando a demanda pelos produtos químicos e petroquímicos e os spreads. Diante disso, a Companhia registrou no trimestre Ebitda Recorrente de R$ 703 milhões e prejuízo líquido atribuível aos acionistas de R$ 771 milhões. Em relação à sua higidez financeira, a Companhia manteve a forte posição de caixa em R$ 14 bilhões, que garante a cobertura dos vencimentos de dívida nos próximos 74 meses, e o perfil de endividamento alongado.
"Diante do cenário internacional, estamos mantendo o foco na competitividade da Companhia, na higidez financeira e na alocação responsável de capital", disse Roberto Bischoff, CEO da Braskem.
No Brasil, a taxa de operação foi inferior ao primeiro trimestre em função da menor competitividade atual das centrais petroquímicas que utilizam nafta como matéria prima, além da menor demanda de produtos químicos. Nesse cenário, o volume de vendas de resinas e químicos no trimestre foi 13% inferior quando comparado ao trimestre anterior. Nos Estados Unidos e na Europa, a taxa média de utilização permaneceu em linha com o primeiro trimestre e o volume de vendas aumentou 3%, influenciado pela maior demanda no mercado americano no período, após o processo de desestocagem da cadeia durante o primeiro trimestre do ano. No México, a Braskem apresentou aumento na taxa de utilização de 14 pontos percentuais, impulsionada pelo maior fornecimento de matéria-prima nacional e importada. Com isso, as vendas de polietileno (PE) no México aumentaram 8% no segundo trimestre, quando comparadas ao primeiro.
Em relação à sua estratégia, a Braskem continuou avançando nos projetos atrelados às suas avenidas de crescimento, tanto no negócio tradicional, com o avanço físico no trimestre de cerca de 40% na construção do terminal de importação de etano no México, quanto no segmento de matérias-primas de fontes renováveis e na reciclagem.
Na avenida de crescimento de renováveis, houve a conclusão e início das operações do projeto de expansão de 30% da capacidade atual de produção de eteno verde no Rio Grande do Sul. Por fim, na avenida de crescimento de reciclagem, houve o aumento no portfólio de produtos e segmentos: no segundo trimestre, a Companhia registrou o aumento de 22% nas vendas de resinas com conteúdo reciclado em relação ao primeiro trimestre e de 83% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o que inclui a aquisição da Wise, concluída no primeiro trimestre do ano.
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