Braskem cria hino para brasileiros vibrarem com os atletas paralímpicos
Companhia reuniu 70 músicos PcDs em gravação exclusiva no Parque Ibirapuera nesta quarta (31)
A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, reuniu, nesta quarta (31), 70 músicos PcDs na área externa do Auditório do Ibirapuera para gravar um hino que fará os brasileiros vibrarem na torcida dos atletas dos Jogos Paralímpicos, que começarão no dia 28 de agosto, em Paris, na França. A iniciativa inovadora faz ainda referência aos 70 anos do Parque Ibirapuera, administrado pela Urbia, e traz uma composição exclusiva com letra empolgante para o hino ficar ainda mais forte com a torcida.
Durante a gravação, os integrantes da equipe de atletismo Paralímpico - Jerusa Geber, Thiago Paulino, Raíssa Machado, Aline Rocha, Vinicius Rodrigues e Washington Nascimento - fizeram uma participação surpresa que deixou o momento muito especial. "A música é uma forma poderosa de unir a torcida e inspirar os atletas. Queríamos fazer uma homenagem e estimular os brasileiros a torcerem para os nossos paratletas. Homenageamos também o Parque Ibirapuera, local escolhido da gravação, pelos seus 70 anos com a presença dos 70 músicos", diz Ana Laura Sivieri, diretora de Marketing e Comunicação Corporativa da Braskem.
A Braskem acredita no potencial de transformação das pessoas por meio do esporte para construir um futuro melhor e vê também no plástico um forte aliado na produção das próteses que tanto melhoram a performance dos atletas. Há nove anos, a companhia patrocina a equipe de atletismo Paralímpico, sempre com foco em apoiar os atletas e contribuir para a otimização do desempenho nas provas. "Acreditamos muito nesse potencial de transformação e temos apoiado tanto os atletas profissionais quanto o desenvolvimento da base e de novos talentos", ressalta Ana Laura.
Os Jogos Paralímpicos acontecerão entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro, em Paris, na França. E a expectativa dos brasileiros é de que os atletas sigam alcançando fortes resultados nas competições. Na última edição de Tóquio, em 2021, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) registrou o melhor resultado de todas as Paralimpíadas. E o paratletismo foi a modalidade que mais trouxe medalhas ao país: 28 no total, sendo 8 de ouro, 9 de prata e 11 de bronze. Quer saber mais sobre o assunto? Veja abaixo a história dos atletas que estarão nas Paralimpíadas:
Thiago Paulino
Thiago amputou a perna esquerda abaixo do joelho devido a um acidente de moto, em 2010. No ano seguinte, começou a praticar o paratletismo após ser convidado por um amigo professor de educação física, que praticava arremesso de peso e lançamento de disco. Hoje, acumula vários títulos. Nos Jogos Paralímpicos, foi bronze no arremesso de peso em Tóquio (2021) e, nos campeonatos mundiais, foi prata no arremesso de peso em Paris (2023), ouro no arremesso de peso em Dubai (2019) e ouro no arremesso de peso e lançamento de disco em Londres (2017).
Aline Rocha
Aline ficou paraplégica após sofrer um acidente automobilístico aos 15 anos. Passados quatro anos, por convite de um amigo que praticava basquete em cadeira de rodas em uma associação de Joaçaba (SC), Aline foi conhecer a modalidade. Chegando lá, foi indicada ao paratletismo. Em janeiro de 2017, migrou para o esqui cross-country e, no ano seguinte, tornou-se a primeira mulher do país a competir em uma edição dos Jogos Paralimpícos de Inverno, em PyeongChang, na Coreia do Sul. Aline também compete nas provas de velocidade e meio-fundo em cadeira de rodas pelo atletismo.
Jerusa Geber
A atleta acreana Jerusa, 42 anos, já está na quinta Paralimpíada com alta performance. Jerusa nasceu totalmente cega e, ao longo da vida, fez cirurgias que possibilitaram enxergar um pouco, mas aos 18 anos voltou a perder totalmente a visão. Conheceu o esporte paralímpico aos 19 anos a convite de um amigo também deficiente visual. E, em 2019, já se tornou a primeira atleta cega a correr os 100 m abaixo dos 12s. Hoje, é a atual recordista mundial nos 100 m pela classe T11 com o tempo de 11s83. Já foi ouro nos 100m e bronze nos 200m no Mundial de Kobe 2024; ouro nos 100m e 200m e prata no revezamento 4x100m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; e ouro nos 100m e 200m no Mundial Paris 2023.
Raíssa Machado
Raíssa nasceu com má-formação nas pernas e começou a praticar o arremesso com dardos aos 12 anos de idade. Ela nasceu em Ibipeba (BA) e iniciou sua trajetória em Uberaba (MG), após uma professora de ginástica notar sua pré-disposição para a modalidade. Após muita superação e preparo psicológico, a atleta já conquistou ouro no lançamento de dardo no Mundial de Kobe 2024; ouro no lançamento de dardo nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; e prata no lançamento de dardo no Mundial Paris 2023.
Vinicius Rodrigues
Vinícius é um atleta paralímpico que, em 2019, quebrou o recorde mundial dos 100m rasos da classe T63, para amputados de perna acima do joelho, com o tempo de 11s95. Ele também recebeu a medalha de prata na prova masculina de 100m na classe T63 nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2020, realizadas em Tóquio. Mas muitos desafios foram superados ao longo da sua história. O atleta sofreu um acidente de moto aos 19 anos em Maringá e precisou amputar a perna esquerda acima do joelho. No terceiro dia de internação, recebeu a visita da Terezinha Guilhermina que o incentivou a iniciar no atletismo. Reabilitou-se em três meses e, pouco tempo depois, já começou a correr pensando em disputas olímpicas.
Washington Nascimento
Washington nasceu no Rio de Janeiro com má-formação no braço direito e conheceu o esporte paralímpico por meio de uma colega da sua mãe, que trabalhava em um projeto com pessoas com deficiência e o viu com os amigos jogando bola. Logo, começou a treinar corrida, em 2012, mas ainda não tinha a melhor estrutura para disputar. Em 2018, mudou-se para São Paulo e passou a treinar no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, com o acompanhamento direto dos técnicos da seleção brasileira e a companhia de diversos atletas. Hoje, Washington tem conquistas como a prata nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; o bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020; e a prata nos 100m no Mundial Dubai 2019
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