Um novo caminho para o CO2

A plataforma de Inovação CO­2 to Chemicals consolida os esforços da Braskem para dar um novo destino ao dióxido de carbono oriundo das emissões das unidades industriais da companhia.

Os combustíveis fósseis são atualmente a base da matriz energética global e o grande volume de emissões de CO­2 decorrente da queima destes combustíveis é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa e as mudanças climáticas.

Mas como conter o aquecimento global e seus drásticos efeitos ao planeta?

Um dos compromissos da Braskem para o enfrentamento das mudanças climáticas é alcançar a neutralidade de carbono até 2050 e, para isso, estamos apostando em diversas frentes: redução de emissões, ampliação do portfólio de produtos oriundos de fonte renovável e, também, na captura e utilização de CO2 (Carbon Capture and Utilization - CCU) como matéria-prima para a produção de diferentes químicos e polímeros.

Plataforma CO2 to Chemicals

Na Braskem, os projetos de desenvolvimento de rotas tecnológicas para captura e utilização de CO2 e estudos referentes a armazenamento de CO2 estão reunidos na plataforma CO2 to Chemicals.

"Essa é uma frente de trabalho com grande potencial. A inovação e a tecnologia na área química são elementos centrais para superar grandes desafios da atualidade. Transformar CO­2 em produto sem dúvida é um destes desafios, por todo o impacto que uma inovação como essa irá gerar", explica Márcio Rebouças, responsável pela Plataforma CO2 to Chemicals da Braskem.

De acordo com a International Energy Agency (IEA) no Relatório Especial sobre Captura, Utilização e Armazenamento de CO­2 (2020), a estimativa é que as tecnologias de CCUS contribuam com aproximadamente 15% de redução das emissões de CO­2 no cenário global - um passo fundamental na transição para uma economia de baixo carbono.

"Dar uma nova destinação ao CO2 emitido nas unidades da Braskem é ampliar o olhar para a circularidade deste resíduo das nossas operações. Faz parte da nossa estratégia de desenvolvimento sustentável avançar de forma consistente nas tecnologias de CCU para obter resultados significativos na redução das emissões, em consonância com outras frentes de trabalho da Braskem. Nossa meta na Plataforma CO2 to Chemicals é contribuir, juntamente com as outras soluções em andamento, de maneira relevante com o compromisso da Braskem rumo à neutralidade de carbono até 2050", completa Márcio.

Projetos em andamento

Embora recentes, os projetos de captura, utilização e armazenamento de CO2 estão ganhando cada vez mais impulso e sustentação globalmente, dado o potencial de contribuição direta para a redução das emissões de fontes industriais em setores-chave da economia assim como para a remoção do CO­2 da atmosfera, uma alternativa para equilibrar as emissões mais difíceis de evitar.

Na Braskem, para chegar ao pipeline atual da plataforma CO­2 to Chemicals, que conta com inúmeros projetos em diferentes estágios de maturidade e níveis de complexidade, já foram analisadas mais de 200 iniciativas sob o âmbito técnico, econômico e ambiental, bem como a relação destes resultados com a estratégia de negócios e desenvolvimento sustentável da Braskem.

Um exemplo é a parceria com a startup americana Compact Membrane Systems (CMS), que está em fase de escalonamento da tecnologia em bancada e é focada em uma nova abordagem de captura de CO­2 por meio do uso de membranas proprietárias da empresa.

 Já a colaboração da Braskem com a Universidade de Illinois (UIC) está em fase final de escala de laboratório e o planejamento da próxima fase está sendo avaliado. Neste caso, o escopo é a captura de CO­2 de gases de combustão e conversão direta em eteno e outros produtos químicos. 

Em outro projeto, com a startup New Iridium, o objetivo é estudar e desenvolver uma rota inovadora de fotocatálise, que utiliza fontes luminosas (ex: LEDs) para conversão de CO­2 em diferentes ácidos carboxílicos.

 No Brasil, a parceria com a Universidade de São Paulo (USP), por meio do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), e com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está estudando rotas inéditas e inovadoras, catalíticas e eletrocatalíticas, para conversão de CO­2 em produtos químicos, como olefinas e álcoois. Com esse novo projeto, a Braskem expande sua atuação com a área acadêmica, fomentando pesquisas com renomadas instituições de ensino do Brasil. 

Quando o assunto é Captura e Armazenamento de CO2 (do inglês CCS - Carbon Capture and Storage), a maior parte das tecnologias existentes estão em estágios avançados de desenvolvimento e implementação. Para que projetos desta natureza sejam viabilizados com maior chance de sucesso, é fundamental que sejam estabelecidas parcerias entre indústrias para formação de hubs de armazenamento de CO2, assim como está ocorrendo em países como os Estados Unidos. No Brasil, a Braskem vem atuando na identificação de oportunidades de curto prazo em conjunto com outras indústrias a fim de implementar modelos similares ao que acontece em outros países.

Além destes projetos, a Braskem está participando de outras iniciativas em diversas regiões do mundo, como Holanda, Bélgica, Itália, entre outros. "Para um projeto dar certo e ganhar escala, precisamos da combinação de uma série de fatores de sucesso relacionados ao consumo e a origem da energia envolvida no processo, seletividade do processo para o produto de interesse, eficiência do uso da molécula do CO­2, entre outros requisitos", detalha Márcio. "Temos excelentes projetos em andamento, com avanços significativos na obtenção de resultados para captura e conversão do CO­2, ainda que alguns desenvolvimentos estejam em fases iniciais. Estamos focados em continuar fomentando e desenvolvendo pesquisas de ponta com nossos parceiros, globalmente", conclui.

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